Menino-Serelepe!
ANTÔNIO CARLOS GUIMARÃES, tratado por GUIMA, é bacharel em Ciências Contábeis e Auditor-Fiscal da RFB aposentado, com experiência profissional na Área CONTÁBIL, EMPRESARIAL, de DOCÊNCIA e de ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA (Auditoria, Gestão, Ensino e Treinamento, Redação e Comunicação).
Expositor e autor de livros espíritas (SÉRIE APRENDIZADO ESPÍRITA), memórias familiares e da terra natal (SÉRIE HISTÓRIAS DE AGUINHAS), Redação, Ensino & treinamento e Gestão (SÉRIE TEXTO PR@TICO) e Contabilidade para aprendizes (SÉRIE CONTABILIDADE PR@TICA), disponíveis no site da UICLAP e da AMAZON.
Neste livro MENINO-SERELEPE, o autor, como vem fazendo na Série HISTÓRIAS DE AGUINHAS, procura resgatar costumes, brincadeiras e o modo de falar das pessoas com quem conviveu na infância, especialmente os avós, que tiveram papel fundamental em sua criação/formação.
MENINO-SERELEPE é a história de um antigo menino levado contando vantagem é livro para ser lido com proveito por jovens e adultos, trata-se de uma narrativa sobre a vida de uma criança, que lhe revela os aspectos da alma pura, do olhar inocente, do jeito ingênuo, como também de sua esperteza, de sua curiosidade, de seus sonhos, de sua malícia, em suma, das boas ou más inclinações naturais do ser humano que goza e sofre, aprende e cresce, luta e se desenvolve, como ocorre(u) aos “meninos” de todas as idades.
Sem se prender a um relato puramente linear e sem rigidez cronológica, este livro traça, a largas pinceladas, um pequeno painel de mais de uma década – que vai de meado dos anos 50 até meado dos anos 60 – de uma Lambari (que já foi Águas Virtuosas e aqui é chamada de Aguinhas) nostálgica, antiga e moderna, provinciana e cosmopolita, de hábitos rurais e de novel costume urbano, que foi palco do aprendizado do menino-personagem. E, como a vida de um menino é bem a vida de todos os meninos, ante nossos olhos vemos desfilar lugares, palavras, figuras e pessoas que nos trazem à lembrança cenas que vivemos, expressões que utilizamos, brincadeiras que experimentamos, cantigas que ouvimos, crenças que cultivamos, festas que frequentamos, pessoas que estimamos.
Nele, o narrador, com um jeito menino de ver e expor as coisas, faz confidências e conta histórias da infância na periferia pobre, dos primeiros amores, da mudança para a cidade, da melhora dos modos e das expressões, do encontro de novos amigos, da aquisição de melhores hábitos, da formação religiosa, das dificuldades financeiras da família, da modesta ascensão social, dos conflitos familiares e do amadurecimento emocional.
Num estilo oral, de construção moderna, mas sem engenhos literários, com leve marcação, a narrativa é ágil, viva, fluida, que atrai e prende, que comove e diverte e passa ao largo de concessões lacrimosas ou confusas elaborações psicológicas.
A linguagem – em parte recriada para a função literária – deixa entrever o sabor e o falar simples, belo e vário do cotidiano das pessoas nessa região.
Ao final, o autor montou o VOCABULÁRIO DE AGUINHAS, com mais de 500 palavras e expressões utilizadas no livro.
Texto do autor.