Talvez você não ache esses poemas tão merda assim. Conheça o novo livro do autor Rui Sampaio.

as merdas dos poemas que eu fiz pra você

Em “as merdas dos poemas que eu fiz pra você” (meu terceiro livro de poesia) temos uma história linear em que o eu lírico através dos poemas segue as fases de um relacionamento que não deu certo até o seu previsível fim. O leitor vai junto com ele experimentando todas as sensações e emoções dessa elação, primeiro com os poemas mais românticos que retratam a descoberta da paixão e do encantamento por alguém, depois vem a dúvida, a solidão a dois sentida pelo eu lírico, em seguida o desgaste de tanto lutar pelo relacionamento, o reconhecimento de que se está em algo tóxico, os poemas de termino, saudade e por fim o desfecho.

O livro bebe em várias referências musicais que passam pelo rock, pop rock, MPB, regaeeton e axé. Desta forma várias músicas e artistas que inspiraram nos poemas estão retratados e referenciados no livro, em poesias como “Playlist Bahia”, “Hoje eu ouvi Por Enquanto o dia todo”, “Te quero como o Kid Abelha”, “Lloro, pero com música buena”, “Dois”, dentre outras. Além dos versos musicais também compõem o livro ilustrações que reforçam essa musicalidade presente nesta obra. Para quem gosta de ler ouvindo música uma playlist do livro se encontra disponível no Spotify.

Além da parte musical o livro também tem uma relação recorrente com a comida, dando a impressão de que alguns poemas são “comestíveis”. Encontramos isso em vários versos do livro como “você me olhou e sorriu quando o prato principal chegou, mentiras na bandeja, me beija”, “gosto do teu cheiro […] de chiclete, de sorvete”, assim como em poemas com os títulos: “Batata frita”, “Açaí” e “Desayuno”.

Para compor esta obra alguns poemas trazem parcerias com poetas amigos. Marluce Nogueira no poema “Anjo”, Poeta Seu Zé em “Má Vontade”, Brazilino Junnior em “Hoje eu ouvi Por Enquanto o dia todo”, Herminío Neto no poema “No cais da saudade”, Cris Tomarozzi em “Huracán”, Dani Campos em “Versos de solidão” e Gustavo Almeida em “Pro Inferno”.

Em breve o livro também será lançado e uma versão totalmente em espanhol com o título de “Las mierdas de los poemas que escribí para ti”. Aguardem por novidades seguindo as páginas de poesia “O Poeta Amargo” nas redes sociais.

As Merdas Dos Poemas Que Eu Fiz Pra Você

Os relacionamentos acabam, mas a poesia fica. Os versos não se apagam, eles marcam uma história que foi tatuada na sua alma, os poemas podem ganhar outro significado, o que antes te dava orgulho, hoje pode te causar náusea, podem até parecer uma merda, mas a gente crer que alguém irá apreciar, irá se identificar e validar a sua dor ou o seu amor, e só por esta razão já vale a pena não tê-los jogado fora.