O que é epigrafe?

Epígrafe é uma palavra de origem grega que significa “escrever acima de”. É um texto pequeno, escrito em verso ou em prosa, usado no início de um livro, de um capítulo ou de um artigo.

O que é epigrafe

Há pouco tempo, trouxemos um compilado com as principais informações que você precisava saber sobre o prólogo. Agora vamos falar sobre mais um ponto do texto que também precisa de muuuita atenção: a epígrafe! Quer saber o que é e como fazer? Vem com a gente!

O que é epígrafe? 

Epígrafe é uma palavra de origem grega que significa “escrever acima de”. É um texto pequeno, escrito em verso ou em prosa, usado no início de um livro, de um capítulo ou de um artigo. É considerado um elemento de intertextualidade, em outras palavras, está relacionado com o que virá a seguir, ou faz uma menção às influências e inspirações do autor para o texto que virá.

Quando usar? 

Fica a cargo do autor decidir, levando em consideração o estilo do texto que está escrevendo. Aqui também cabe pensar na intenção (o objetivo) do texto, afinal, a epígrafe servirá para que o escritor dê uma pista do que está por vir. 

Lembrando que uma epígrafe é sempre um texto curto, tá? Então essa precisa ser dita em poucas palavras, ou versos. Pode ser uma instrução de como ler o conteúdo, uma indicação importante, ou o esclarecimento de alguma coisa. Por exemplo, existem escritores que usam a epígrafe para explicar o significado do título da obra. 

No caso de trabalhos ou textos acadêmicos, os alunos costumam usar frases de outros acadêmicos ou personalidades importantes para o que abordarão no trabalho, seja um TCC, uma tese, uma apresentação ou um artigo.

Exemplo de epígrafe na literatura: 

O mais conhecido usuário de epígrafes na literatura brasileira, é Machado de Assis. A exemplo disso, temos a epígrafe que o tornou conhecido pela ironia de sua escrita, em Memórias Póstumas de Brás Cubas: 

“Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores, coisa é que admira e consterna. O que não admira, nem provavelmente consternará, é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal, nem cinquenta, nem vinte, e quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, adotei a forma livre de um Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevia-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual; ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.

Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado. Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que empreguei na composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso, mas nimiamente extenso, aliás desnecessário ao entendimento da obra. A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.

Brás Cubas” 

Observe que além de citar outro autor como uma referência, ele ainda explica que a história partirá do ponto de vista do defunto, dá também o tom da ironia no texto e conversa diretamente com o leitor. 

Recapitulando para que você grave bem como usar: precisa explicar algo ao leitor, quer dar um tom à leitura, deixar uma pista, inserir uma equiparação, dar um destaque ao objetivo do texto, tudo isso usando poucas palavras? Pode usar a epígrafe, caso queira.

Atualmente, este elemento textual é mais usado no meio acadêmico, mas é sempre bom saber que em um novo trabalho literário, temos opções, né? 

E aí? Você já tinha ouvido falar de epígrafe? Já a usou em algum momento? Conta aqui pra gente! 

Não se esqueça que o importante na escrita é fazê-la prazerosa! Você deve se divertir no processo, viu? E claro, como escritor independente, conte sempre com a UICLAP quando for materializar o seu sonho de publicar!