O que é Easter Egg e para que serve?

Em tradução literal, easter egg significa “ovo de páscoa”, vem da tradição de esconder ovos para que as crianças procurem, durante a data comemorativa. No mundo da ficção isso não é muito diferente. Trata-se de “esconder” informações, como se fossem presentinhos, que apenas os mais observadores serão capazes de encontrar e entender a recompensa.

Easter Egg

Se você gosta de cinema, mundo pop, assuntos geeks ou nerds, já ouviu a expressão, provinda do inglês, “easter egg”!

Mas você sabe explicar o que é e para que serve? Então vem com a gente descobrir!

Em tradução literal, easter egg significa “ovo de páscoa”, vem da tradição de esconder ovos para que as crianças procurem, durante a data comemorativa. No mundo da ficção isso não é muito diferente. Trata-se de “esconder” informações, como se fossem presentinhos, que apenas os mais observadores serão capazes de encontrar e entender a recompensa. 

Por isso, é comum que os easter eggs sejam escondidos em lugares ou em cenas de pouca importância, deixando a tarefa de encontrá-los para os mais atentos. Alguns são mais óbvios, outros requerem um pouco mais de dedicação. De qualquer forma, a recompensa é sempre a mesma: a sensação de ter descoberto um segredo.

Easter egg é uma referência que só é percebida pelas pessoas mais atentas. Geralmente é usada nos trabalhos cinematográficos e nos programas de TV, mas também aparece, e muito, na literatura. 

Como um escritor pode usar um easter egg? 

Alguns autores usam esse recurso como um “gancho” para continuar uma história. Já outros, optam por usar os easter eggs como uma teaser, um trechinho do que escreveram antes ou do que virá, para que os leitores mais atentos procurem essa referência ao longo do texto. 

Um easter egg é uma espécie de mensagem oculta na ficção. Ela pode ser um elemento do próprio texto, uma referência a outro livro ou autor, uma citação indireta externa, uma referência histórica sutil, um símbolo, um idioma, ou seja, tem opção que não acaba mais!

O mais importante para usar uma referência sutil como essa, é não exagerar. Colocar referências demais pode acabar com o ritmo de leitura, com a fluência da história ou com o próprio enredo. 

Esse tipo de referência pode ser relevante no seu fio narrativo, por exemplo, se você menciona o nome de uma arma que desapareceu há séculos e deixa assim, mas lá na frente faz o herói conhecer a história da importância dessa arma, o leitor mais atento vai lembrar da referência, vai lembrar que essa informação já foi citada. 

Bora para um exemplo, na prática?! Venha! 

Atenção aqui: Isso não é um spoiler, ok? Apenas vai te deixar mais atento, caso leia um dos livros mencionados, em algum momento. No primeiro volume de Outlander, o livro A Viajante do Tempo, da autora Diana Gabaldon, existe uma história sobre uma fundação de uma casa da qual todos os moradores têm medo após descobrir como essa fundação foi firmada ali. No quarto volume a autora insere um personagem que estava presente no momento que a fundação era lançada. Apenas os leitores que prestaram atenção, pegaram a referência e entenderam a importância disso para a história daquele personagem. 

Também é possível que o easter egg seja intensamente específico, com piadas internas e referências que só quem conhece o autor entenderia. A informação pode ser relevante no mundo narrativo, não apenas sobre a vida pessoal do autor. 

Isso acontece nos livros do escritor J. R. R. Tolkien. Nas primeiras páginas dos livros de O Senhor dos Anéis, existem runas que, à primeira vista, podem parecer apenas um enfeite, mas elas escondem uma frase. E apenas os mais atentos, descobrem como usar os recursos do próprio livro para descobrir o que elas têm a dizer.

Quando bem pensadas, as referências são sempre bem-vindas, mas elas podem acabar atrapalhando o trabalho também. Uma referência mal trabalhada pode desviar a atenção do leitor do que realmente importa na história, pode confundir as pessoas ou tornar todo o conteúdo desinteressante. Ainda existe o risco de soar como plágio. 

O easter egg precisa ter coerência e relevância, ele deve tornar a história ainda melhor para o leitor, deve fazer o seu livro soar mais completo. Tudo é uma questão de quanto o leitor entende da referência. 

Outro grande risco, é usar elementos da cultura pop, pois geralmente elas são datadas. Isso quer dizer que essas referências não são eternas, então o que está em alta hoje, pode não estar em alta daqui a cinco anos. Se o seu objetivo ao escrever um livro não é deixá-lo datado, essas referências podem atrapalhar. 

Memes atuais são engraçados no agora, daqui a uma semana, podem já ter cansado metade das pessoas que o utilizavam, e no livro, após alguns anos, podem nem fazer mais sentido. 

Mas calma! A cultura pop também tem muitos elementos que ficam eternizados, você pode dar prioridade ao uso delas, caso queira inserir esse tipo de referência no seu livro. 

A verdade é que, ao publicar um livro, tudo nele precisa ter um sentido e um objetivo. Qualquer informação que não faça sentido no livro, pode arruinar o seu plano de sucesso ou mais afastar do que acolher novos leitores. 

Você já sabia o que era easter egg? Já conseguiu encontrar algum durante suas leituras? Conta aqui pra gente. 

E não esquece de pensar direitinho se faz sentido na sua história antes de escrever referências no seu texto, hein?! Conte com a UICLAP sempre que precisar de informações sobre escrita. Aproveita que já leu esse artigo e verifique se no blog tem mais informações sobre o que você procura!