EXPEDIÇÃO ALBERGAZ

EXPEDIÇÃO ALBERGAZ

História

Monções de garimpeiros partiram de Araritaguaba, província de São Paulo, na década de 1720, em busca das minas do Rio Coxipó-Mirim.

As viagens alongavam-se por mais de cinco meses por três mil e quinhentos quilômetros de rios. Os desbravadores confiavam na notícia da descoberta de abundância de ouro na região de Cuiabá.

Missão

A expedição do major Fernando de Albergaz sai de Araritaguaba em 1736 com a missão de, pela primeira vez, fiscalizar a produção de ouro e a coleta do quinto
no Oeste brasileiro. Cinco batelões e um escaler transportam grande partida de ferramentas, armas e alimentos e mais de cento e vinte pessoas entre ordenanças, mareantes e passageiros. O comércio financiado pelo vice-rei oculta a real atribuição do major.

Amor

Jonas, o boticário, e Gininha, apaixonados, viajam em êxtase, singrando rios, varando cargas nos saltos Avanhandava e Itapura e tratando dos feridos e doentes. Eles se amam em cada pouso, nos lagos das cachoeiras e nas longas praias dos rios.

Sabotagem

Teobaldo iria se casar na semana seguinte, mas seu passado criminoso e de maus tratos à namorada o condena a viajar sequestrado. Tresloucado de ódio, investe contra a expedição, sendo castigado e abandonado sem arma e alimento na foz do Rio Tietê. Sobrevive alimentado pelo ódio aos sequestradores e ao major, e prepara sua vingança.

Percalços do amor

Ângela, filha do coronel Matheus, dono da Fazenda Camapuã, conhece Martinho, um monçoeiro, no baile da noite anterior à partida da monção ao encontro do Rio Coxim. Ron, herdeiro da fazenda, decide garimpar na região de Cuiabá e leva Ângela na viagem. Ele assume a proteção da irmã e é um empecilho ao amor que floresce entre ela e Martinho.

Guerra

A expedição enfrenta as corredeiras do Rio Coxim, os perigosos meandros do Rio Taquari e trava batalha feroz contra os guaicurus, os índios cavaleiros. Sobe o Rio Paraguai e na foz do Rio Porrudos é atacada pelos paiaguás, velozes canoeiros. Os combates são sangrentos.

Cumprindo a missão

A primeira visita de fiscalização da produção e do quinto é na fazenda e garimpo do coronel Bertoldo. O major, o capitão Carrasco, o sargento Fortunato e vinte ordenanças são tocaiados no valão, mas contornam a tempo a ameaça. O coronel não aceita a presença do major em sua lavra e lhe aponta o bacamarte. A ação rápida do capitão Carrasco salva a vida do agente do vice-rei. Miguelzinho, filho do coronel, acompanhado de capangas, vem em defesa do pai. 

Vingança

Em Araritaguaba, a vingança espreita o major e tem o nome de Rigoberto, uma figura sem os lobos das orelhas, que vagueia à noite, armado de arco e flecha caiapó.