Você sabe o que é Jornalismo Narrativo?

Jornalismo narrativo é um gênero que se firmou na primeira metade do século passado. É o gênero que traz histórias reais, casos reais, mantendo o compromisso em contar a verdade e somente a verdade.

Jornalismo Narrativo

Hoje em dia, para quase tudo se constrói uma narrativa. A escrita não é diferente. Pelo contrário, tudo parte da escrita.

Ao observarmos o mundo, podemos tirar grandes textos, é parte do que o jornalismo narrativo consolidou. Como? Vem entender!

Um jornalista precisa estudar muito e apurar dados antes de passá-los adiante. Com o jornalismo narrativo não é diferente; é preciso muito estudo, pesquisa e apuração para construir a base real da história que será contada. 

Jornalismo narrativo é um gênero que se firmou na primeira metade do século passado. É o gênero que traz histórias reais, casos reais, mantendo o compromisso em contar a verdade e somente a verdade, mas, o gênero permite “florear”, ou seja, apresentar as histórias de muitas formas, sem precisar ser direto, permite a construção de uma narrativa para se chegar aos fatos. Por isso, é considerado um gênero literário. 

Os jornalistas passaram a construir textos assim visando apresentar mais fatos sobre casos que marcaram um país ou o mundo, acontecimentos impactantes ou descobertas revolucionárias. No gênero, o jornalista mantém o seu compromisso de ser minucioso e apurar tudo, realmente faz valer a profissão nesse quesito, então constrói a matéria usando a linguagem literária, um pouco mais floreada ou intimista para falar e apresentar esses fatos. 

Esse modelo de publicação começou nas matérias dos próprios jornais e agora vem ganhando mais tamanho e consideração na publicação de livros. 

Será que apenas um jornalista pode escrever assim, uma vez que tudo começou no jornalismo? 

A verdade é que não! 

Você não precisa ser um jornalista para escrever esse gênero. Temos, a exemplo, Ilana Casoy, criminóloga e autora. Ilana escreveu A Prova é Testemunha e o Quinto Testamento, dois livros sobre crimes reais que chocaram o país. Seus dados vieram de pesquisas acuradas, não apenas de seu campo de atuação, mas de acesso às informações essenciais para a construção do enredo que precisava construir. 

Esse exemplo é para mostrar que você precisará contar com muitos contatos, pessoas, documentos, acesso a locais e fatos que corroborem com a verdade, você não poderá inventar fatos ou dados para escrever jornalismo narrativo. Precisará descobrir as histórias. 

E não é como construir uma biografia, o jornalismo narrativo foca-se em fatos ou um fato, mas nos acontecimentos de determinado impacto e importância. Já a biografia é a pesquisa da vida de uma pessoa. 

Para documentar fatos com precisão, você precisará entrevistar pessoas envolvidas e colher autorizações para falar sobre o assunto. Ah! Você também terá que se fazer presente. Isso significa que se está escrevendo sobre alguma coisa que ainda está acontecendo, você precisa estar em campo para fazer valer a narrativa. 

Para escrever um livro assim, será necessário focar em alguém como protagonista e acompanhar essa pessoa de perto. Todo acontecimento acometeu alguém, aconteceu com alguém ou passou perto de alguém, encontre essa pessoa. 

Depois, você escolhe como contará essa história, se terá intrusões do narrador, se optará por apresentar fatos e deixar as intrusões como trechos das entrevistas que fez e material que coletou, você precisará escolher. 

Também é preciso prestar atenção a recursos valiosos como os sentimentos dos envolvidos no momento das entrevistas, os rostos e trajes de pessoas nas fotos, o comportamento das pessoas que farão parte da sua construção. Esses detalhes enriquecem a sua construção e vão te ajudar a entender quais emoções trabalhar ao escrever o livro. 

Conte com a ajuda de outras pessoas, lembre-se de pedir autorizações que tenham valia legal, antes de publicar um livro como esse, tá?! Depois, seja grato a todos que participaram e contribuíram. 

Não esqueça que aqui na UICLAP você pode publicar sem burocracias ou letras pequenas em contratos abusivos. O importante é não deixar passar nenhum detalhe, para publicar sem medo. 

E aí, já conhecia o gênero? Já pensou em escrever algo parecido?