"Doze Dias Sem Eu: O Penúltimo Suspiro
COVID-19 – A saga para conseguir sobreviver “Doze Dias Sem Eu: O Penúltimo Suspiro” é fruto de uma promessa feita por mim, logo após acordar de um coma de 12 dias, consequência da infecção causada pelo Corona Vírus em março de 2021. Todos os sonhos e a vivência que tive foram tão marcantes e vivos na minha memória que prometi viraria um livro.
Durante todo o processo de internação, ida à UTI, intubação, extubação e permanência nesta ala até que pudesse voltar ao quarto para recuperação, eu deixei de ser primeira pessoa e passei a ser um espectador de um espetáculo de horrores causado pela experiência única de se estar num lugar destes sedado e intubado.
As alucinações, sonhos e realidade se misturaram em um espiral de acontecimentos que faziam minha vida se tornar um verdadeiro drama.
Apesar de todo sofrimento, o livro não romantiza a doença e a internação, mostrando os aspectos nus e crus de uma situação deste tipo – em nenhum momento pode-se dizer que eu estive em uma dimensão diferente, que enxerguei Deus, entes que já se foram ou coisas similares. Entretanto, não é possível descartar que algo incrivelmente fora da compreensão humana tenha ocorrido.
Tudo começou com a contaminação e seguiu um rumo cronológico até o dia em que foi decidido levar-me para UTI – a partir deste dia as datas e horas não tinham mais uma sequência lógica. Ainda que seja um drama, o relato feito no livro é leve, com bom humor e regado a menções de muitas letras de músicas boas, flashbacks da minha vida, além de poemas autorais que conversam com a prosa utilizada para escrever o texto.
A capa criada por Enoque F. Cardozo, a diagramação feita por Adriana Milese e o
prefácio escrito por Luiz Heitzmann já valeriam o livro, mas além de tudo isto existe a história de quem sobreviveu à pandemia e pôde voltar para contar como foi enfrentar e quase morrer por COVID-19.
Texto do autor, Sandro A. Delgado.