Perdoo você, pai

Perdoo você, pai

Existem no mundo milhões de histórias de crianças que crescem sem um pai. Atualmente existe uma expressão que tem se tornado popular para definir casos onde as crianças ou adolescentes não recebem dos seus pais o que deveriam: “Filhos órfãos de pais vivos”.

É uma frase com uma força e impacto incríveis para definir a dor e a solidão que sentem estes filhos a respeito das falências na relação com os seus pais.

O perdão não é justo, mas quem o oferece não abre mão da justiça:

Crescer sem um pai é difícil. Passar por isso sabendo que ele intencionalmente ignora você e que, quando tem a oportunidade de estar presente, não consegue oferecer nada além de desprezo, deixa cicatrizes profundas na vida dessa pessoa. Nestes casos o perdão parece completamente injusto e contraproducente. E sinceramente, o perdão é injusto. Uma pessoa que não está disposta a pedir perdão, não merece receber esse presente, e quando você dá a alguém algo valioso sem ela merecer, essa ação se torna uma injustiça.

Mas o alvo do perdão não precisa ser aquela pessoa, mas você. O perdão, como apresentado no livro “Perdoo você, pai” não foi libertador para o meu pai e não será para aqueles que não sentem arrependimento pelo que fizeram, mas é transformador, libertador e fonte de uma nova vida para quem o proclama.

Antes de eu conseguir perdoar, me apegava ao rancor por ele me manter com o senso de justiça intacto. Parecia que eu era o juiz e o meu pai estava recebendo o seu castigo. Porém, eu estava aprisionado a ele nessa relação doentia. Quando eu compreendi que a justiça não estava em minhas mãos e que eu não merecia mais viver dessa forma, o perdão me libertou.

A história não é zerada ou esquecida. Você não precisa aceitar o outro como ele é:

Ao perdoarmos não estamos simplesmente apagando tudo que aconteceu e fazendo de conta que a outra pessoa merece o nosso amor como se nada tivesse acontecido. A liberdade do perdão vem do fato de que o que aconteceu no passado não tem mais peso em nossas vidas e não ficamos mais presos a esses sentimentos.Nas páginas do livro “Perdoo você, pai” você vai descobrir como foi a minha convivência com ele após o perdão. Como eu me beneficiei por haver oferecido o perdão e como tudo faz sentido no final.

A maioria das pessoas tem alguém para perdoar:

Este livro tem um título muito sugestivo, porém, não se trata apenas do perdão de pai para filho e sim do perdão que podemos proclamar, independente de para quem estamos direcionando ele, porque como expliquei, oferecer perdão não se trata de libertar a outra pessoa, de mudar a vida dela e de transformar a forma como ela vê o mundo e se relaciona com outros. Não é sobre eles. É sobre nós. 

Espero que este testemunho e as lições nele contidas, sejam transformadoras para você também.

Boa leitura.