Jovem poetisa lança seu livro quarta-feira

Emilly Vitória de Abreu Souza, de 17 anos, lança seu primeiro livro “Tesouros do fundo de uma gaveta”, publicado pela editora Uiclap.

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Emilly trata de temas diversificados em sua obra

Emilly Vitória de Abreu Souza, de 17 anos, lança seu primeiro livro “Tesouros do fundo de uma gaveta”, publicado pela editora UICLAP.

Sua poesia é do tipo Modernista.

Haverá noite de autógrafos na quarta-feira, dia 21/06, às 19h30m, na Câmara de Vereadores.

A jovem atualmente está cursando o 3°ano do ensino médio no Colégio Estadual Doutor Ubaldino do Amaral. É filha de Antônio Martins e Eliana Abreu, além de ter duas irmãs, Ana Cláudia, 29 anos e Jhulya, de 16.

Sua maior incentivadora é a professora Cássia Gherlandi.

A poetisa lê desde seus seis anos, e desde então se apaixonou pelo mundo literário. Sua pretensão é cursas Letras para seguir como Jornalista ou Pesquisadora.

Confira duas poesias de Emilly:

Contar-se ao contar.

Contamos histórias e nos achamos alheios
e independentes das verdades
que por elas escorrem.
Tão sorrateiras e silenciosas,
que apenas algumas poucas almas
percebem e desvendam.
Nossa personalidade molda nossa escrita,
até nossas vírgulas são afetadas pela forma que vemos o mundo
e pela forma que o mundo age em nós.
Tenho em mim a melancolia de todo poeta,
o fascínio pelo desconhecido e pelo óbvio.
Tenho algumas outras coisas também,
que se mostram de forma descarada
nas coisas que escrevo.
E se alguém quiser saber,
que tenha pelo menos o mínimo trabalho de me ler,
e que vá além das poesias.
Em mim,
cabem todos os sonhos que possuo,
todas as dúvidas que tenho,
as vontades e o fazer.
Como é possível?
Sou em matéria de tudo
o que mais conheço,
o que mais descubro
e o que quase não ouso entender.

Por quê?

Algumas questões
se fazem mais altas que outras,
e cutucam a mente.
Estão sempre ali,
meio escondidas, dormentes.
Até que despertam nas horas mais propícias.
Por que eu escrevo?
Tenho em mim mil motivos,
que mudam mil vezes por dia.
Inconstantes e constantes.
Escrevo, também, para encontrar os próprios motivos.
Escrevo para lembrar, para não me deixar esquecer.
(E são coisas diferentes.)
Escrevo para recomeçar,
quantas vezes quiser,
a cada linha.
Escrevo porque me parece
uma extensão da vida.
Um dar sentido às coisas.
Por que as folhas caem?
Por que a grama cresce?
Por que as pessoas morrem e nascem
várias vezes numa mesma noite?
Por que acreditamos?
A poesia é uma máquina de fazer porquês,
mas também pode ser de respondê-los.
E o que eu mais gosto
é que perguntas diferentes podem ser as mesmas,
na essência.
O que eu mais gosto é que não existe a resposta certa,
existem diversas.
Eu escrevo por ser o que sei fazer,
ainda que não muito bem.
Escrevo porque é meu refúgio.
Que conquistei e escrevi letra por letra.
Foi feito do jeito que eu quis,
fui feita como a vida decidiu.
Escrevo porque é meu grito mais alto.
Escrevo porque é meu silêncio mais mudo.