Jovem escritora de Araraquara leva 1ª obra publicada à Bienal Internacional do Livro: 'coração acelerado', diz
Cintia Alves, de 19 anos, descobriu paixão por escrever aos 9. Segundo ela, palavras da mãe serviram de motivação para não desistir do sonho.
A escritora de Araraquara (SP) Cintia Alves vai levar seu primeiro livro publicado à Bienal Internacional do Livro em julho na capital paulista.
“Coração acelerado, contando os dias para eu estar no estande tirando fotos, sorrindo”, disse a jovem escritora de 19 anos.
A obra “Herdeiros”, da editora UICLAP, tem 304 páginas e conta a história do império de um advogado e a luta de seus filhos pelo poder e pela herança. A trama se passa em Ribeirão Preto (SP) e se desenrola entre segredos e vinganças.
O livro foi publicado no dia 21 de julho do ano passado. Segundo Cintia, o convite para a Bienal partiu de um dos presidentes do Grupo Associado de Escritores Brasileiros (Gaeb).
A notícia deixou a família orgulhosa e ansiosa para a estreia da caçula. “Para mim, foi uma surpresa muito grande. Fiquei feliz demais”, disse Salvador Alves, pai da escritora.
O sonho da jovem escritora começou na infância em Santa Bárbara D’Oeste. Ela estudava no Colégio Dom Pedro II de Americana quando teve o primeiro contato com a leitura por meio do livro “Natal Superlegal”, emprestado da biblioteca.
Com 9 anos, Cíntia adorava contar histórias de romance e fantasias para a mãe, Cleonice Alves, que escutava tudo com bastante atenção.
O encanto da menina pela literatura só aumentou, a ponto de ela ter certeza do que queria para o futuro: ser escritora. A mãe dizia: “filha, você pode ser o que você quiser”. As palavras que serviram para motivar a menina.
“Todas as vezes que eu pensava em desistir, vinha aquela voz na minha mente e consolava o meu coração, para eu tentar lutar nem que fosse a ultima vez”, disse a jovem.
Ainda aos 9 anos, ela escreveu algumas histórias, sendo que uma delas no formato de um livreto, feito com pedaços de folha de sulfite.
“Ele chamava ‘O cãozinho sem dono’. Meu primeiro leitor foi o meu pai, ele me ajudou bastante. Meu irmão, minha mãe, foi muito importante”, contou a escritora.
Depois disso, vieram mais histórias, roteiros, personagens e cenas. Tudo era registrado no laptop, na escrivaninha do quarto, onde ela passava horas digitando.
A mãe disse que ficou feliz em saber que as palavras dela fizeram a filha a escrever o livro “Herdeiros”. “Sempre acreditei e dei apoio: filha, você vai conseguir. Escreva sempre, escreva. Nunca deixe de escrever. Pelas minhas palavras ela conseguiu esse livro.”
“Meus próximos sonhos são publicar mais livros e virar uma escritora internacional”, disse Cintia, que vai apresentar o primeiro livro publicado no dia 3 de junho na Bienal, exposição que reúne as principais editoras e livrarias do país.