Invocando Dragões – Invocando a Poesia Tradicional

Invocando Dragões  –  Invocando a Poesia Tradicional

No sistema quantitativo de versificação chamamos de anapestos a sucessão de duas sílabas breves e uma longa. Tetrâmetro significa quatro metros, portanto, o trabalho do sonetista do ABC Paulista consiste em versos de doze sílabas com ictos nas 3ª, 6ª, 9ª e 12ª sílabas.

Por que ler este livro? Primeiramente porque é diferente de 90% da produção literária atual. Muitos leitores apreciam livros antigos e linguagem arcaica. Invocando Dragões ressuscita um universo tradicional com ritmo que parece saído do século XIX. A experiência métrica pode servir de inspiração e aprendizagem a outros poetas que busquem o estilo retrô de poesia.

Invocando Dragões é o título do primeiro soneto do livro, são doze sonetos em quaternário de anapestos escritos entre 2021 e 2022. Alguns textos integraram antologias e já foram declamados em eventos, mas a maior parte do trabalho é inédita. Os dodecassílabos de Rommel Werneck versam sobre temas clássicos, sacros, misteriosos, eróticos e mitológicos.

Resumo

Invocando Dragões: druidesas (sacerdotisas escocesas) invocando Nessie no lago Ness;

Ao calor de Charonte: O eu-lírico se encontra no processo post mortem;

Chanson: A Sagrada Família rodeada por cavalos cantantes;

Elles: soneto steampunk com um navio estranho e mágico produz desenhos no campo;

A sonda: Elles invertido, soneto decolonial, a sonda Cassini encontra uma surpresa;

Eterna Escuridão: sob uma epígrafe de Carolina Ramos, este soneto compara a velocidade de um eclipse e a duração do luto;

As Armas de Marte: mesmo com balistas, granadas e metraladoras, o deus Marte cai em derrota;

O Sagrado Batalhão: referência aos rapazes do Sagrado Batalhão de Tebas;

Pesando o Coração: Anúbis pesando o coração do eu-lírico;

Oferta a Tlaloc: Tlaloc, o deus das chuvas receberá dos astecas um sacrifício assustador;

A Arena: tema sacro dedicados aos mártires;

De Maria Nunquam Satis: Soneto à Virgem Maria;

O trabalho conta ainda com a revisão métrica do sonetista campinense Bruno Fagundes Valine. Produção independente com edição do autor. Ao final do livro há uma surpresa. Convém salientar que o leitor se surpreenderá também com a ortografia usada.