Devaneios de Madrugada de Uma Mente Bitolada

Devaneios de Madrugada de Uma Mente Bitolada

Escrever este livro foi, acima de tudo, um gesto de sobrevivência.
Durante os períodos mais intensos da depressão, a escrita se tornou o que me manteve à tona. As palavras foram casa, abrigo e válvula de escape. Escrevi porque precisava desabar.

Devaneios de Madrugada de Uma Mente Bitolada é um livro que mistura poesia, desabafo e observação. Não segue uma estrutura fixa, e nem tenta parecer algo que não é. É direto, por vezes ríspido, outras vezes surpreendentemente doce — como costuma ser a mente de quem vive em intensidade constante.

A leitura é atravessada por temas como identidade, culpa, silêncio, desejo de sumir, desejo de ser vista, ironia, crítica social e o eterno vai e vem entre o amor-próprio e o autoquestionamento. São textos que não tentam suavizar a dor, mas também não romantizam o sofrimento. Apenas mostram o que é.

A proposta do livro não é oferecer respostas, mas acolher perguntas. Muitas vezes, só de encontrarmos palavras que se pareçam com o que sentimos, já conseguimos respirar com um pouco mais de leveza.

Curiosidade

Muitos dos textos foram escritos entre os 16 e 22 anos, resgatados de momentos solitários e intensos. Alguns surgiram no bloco de notas do celular, outros em folhas soltas que quase foram jogadas fora. Publicar esse livro foi, em parte, um ato de autoafirmação: dizer “eu existo” sem precisar pedir desculpas por isso.